As notícias que agitaram o outside em 2016. Relembre momentos, bons e ruins, de mais um ano de muito surf!
Impossível não incluir essa péssima notícia que assombrou o ano dos surfistas brasileiros. A ausência de um circuito nacional de surf (chega dar vergonha). Dos bons tempos e “mamatas” da Petrobrás, até o “semimorto” SuperSurf. E o barco afundou de vez. O ano acabou e ninguém viu uma etapa sequer do circuito brasileiro.
Seguindo na maré ruim, vamos então a Medina X Gudauskas? O americano de nome estranho, seus amigos e fãs que me desculpem, assim como os que acham que é mimimi ou síndrome de vira-lata, mas Medina foi impedido de brigar pelo segundo título mundial da carreira naquele exato momento. Nas redes sociais, a entidade recebeu uma enxurrada de críticas, não só de brasileiros, mas como de outros surfistas e espectadores, que acompanham o esporte e não entenderam o critério de julgamento que acabou tirando Medina da briga. #PegouMal
A questão política desceu a serra, e a PEC foi parar nos ouvidos dos surfistas e amantes das praias brasileiras. Aprovada (na surdina) pelo Senado, a nova proposta derruba o licenciamento ambiental para obras públicas. Na prática? Comunidades caiçaras e indígenas ameaçadas, turismo exploratório, lixo marinho, poluição, desmatamento, e por aí vai.
Chega de notícia ruim! Chegou a hora de saber quais foram as notícias boas. Começamos então, com a recuperação de Filipe Toledo. A lesão, logo no início da temporada, parece estar totalmente recuperada, e ele acaba o ano dando sinais claros de que está determinado a brigar por um título em 2017.
Outra excelente notícia para a comunidade do surf foi a inclusão do esporte nas Olimpíadas. Depois de diversos anos na tentativa a boa notícia veio em grande estilo. Gabriel Medina, ISA e WSL anunciaram para o resto do mundo, durante os jogos do Rio2016, que o surf finalmente era Olímpico.
Aproveitando o clima “tem onda”, 2016 foi o segundo ano consecutivo, em que temos uma Campeà Brasileira de Surf. Organizado pela família Dantas, a única etapa do ano, serviu para reascender a vontade de muitas meninas e mulheres, que sonham com um futuro no esporte. Apesar de muito preconceito, o feitiço virou contra o feiticeiro, e hoje os machões do outside aprendem a conviver com mulheres que além de praticar o esporte, têm o surf como ferramenta de empoderamento. Independente da cor do cabelo ou do tamanho do quadril, o que elas querem é surfar. Afinal, lugar de mulher não é na areia, é onde ela quiser.
Motivos pra comemorar têm também Jadson André, Silvana Lima e Ian Gouveia, que terão um ano cheio de emoções no CT. Além deles, Tainá Hinckel e Weslley Dantas vão representar o país no Mundial Junior.
Essa notícia não poderia ficar de fora: Kelly Slater Wave Co., a piscina de ondas que tem feito muita gente sonhar acordado. Como se não bastasse, a WSL tornou-se sócia no negócio. Sabe Deus quando isso pode chegar ao Brasil, e se vai. Aliás, ele vem aí com sangue no olho, 2017 deve ser seu último ano no Tour? Será? Boato ou verdade, vindo de Kelly Slater tudo é possível.
Com certeza, fatos importantes acabaram ficando de fora dessa pequena lista. Afinal, foram tantas emoções…Que venha 2017 com muita onda boa, respeito na água e muito amor pelo esporte.
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