Vida de blogueira de surfe não é moleza. Pelo menos a minha não é. Até agora o máximo que desfrutei da “blogueiragem” foi uma ida à Florianópolis para conhecer a Surfland de Garopada. Foi ótimo, tirando a parte que perdi o voo de volta (não foi minha culpa, juro!).
Até agora nada de viagens incríveis, coberturas alucinantes, roupas de borracha de última geração chegando à minha humilde residência.
Aliás, a roupa que eu amo e comprei parcelada em 10x sem juros no cartão, tudo indica, veio com defeito. Já estou há semanas ensaiando mandar de volta à fábrica via Sedex.
Mas, não é só de lamentos que vive uma jornalista de surfe. Afinal, desfruto de liberdade, independência de horários, sou órfã de chefe e pego onda a hora que eu bem entender. Olha que beleza?
Fé em Deus e pé na prancha
Algo me diz que minha hora vai chegar. Nutro quase uma cegueira ou verdade absoluta quanto a isso. Minha hora há de chegar.
Finalmente, chegará o dia em que receberei muitos convites incríveis e farei surf trips inesquecíveis mundo a fora.
Brincadeiras à parte, a vida de jornalista especializada em surfe tem sido boa. Tenho aprendido muito com senhores como Julio Adler, João Valente, Tulio Brandão, Renato Alexandrino, Marcelo Andrade, irmãos Bocayuva e o resto do time, que integra um grupo seleto do WhatsApp, do qual faço parte.
Eu que sou tão avessa aos “grupos do Zap”, desse não saio de jeito nenhum!
Vamos para J-Bay amanhã?
Recentemente, recebi uma proposta quase indecente, de uma pessoa muito querida: “vamos pra África do Sul amanhã? Oi?! Como assim, amanhã?; eu até iria não fosse meu passaporte vencido. Caralho, Janaína! Porque você dá dessas?! Tem horas que nem eu me aguento.
Aliás, passaporte em dia é uma coisa que tem que ter e independe de profissão. Vai que dá ruim e eu preciso fugir pra algum lugar? Como disse uma grande amiga, que ouviu de outra amiga: “nos dias de hoje, tenha passaporte em dia e oito mil reais em dinheiro na mão”.
Não sei por que oito, já que com isso não dou conta nem de me mandar pro Peru direito, mas enfim, gostei da dica.
Elas e eu, no OFF
Não faz muito tempo vivi uma experiência inédita em função do meu papel de jornalista/surfista.
Acostumada a fazer perguntas, desta vez foi diferente. Fui entrevistada por Tiago Arraes que, junto à companheira Joanna Campista formam uma dupla e tanto. O casal comanda a Arraes Filmes, produtora responsável pelo projeto “Maré Feminina do Surf”, que deve estrear em algum momento de 2020, no canal OFF.
O programa tem à frente duas beldades, Bárbara Müller e Chantalla Furlanetto, que além de lindas têm talento de sobra no surfe, sem falar em frente às câmeras. Mal posso esperar para conferir o resultado!
A incrível descoberta que todos já sabiam
Quase dou o fora da vida! E por isso, esse post nasceu.
Ontem, no Instagram, vi uma foto de um velho (muito velho!) tubarão. A legenda dizia: “Este é um tubarão-da-Grolândia de 392 anos de idade, que foi descoberto recentemente no Oceano Ártico”.
Pensei: se isso for verdade, preciso postar logo no blogue, vai bombar! E iniciei minha saga para investigar se aquela informação era verdadeira.
Acabei trocando mensagens com Julius Nielsen que, até aquele momento, para mim era “apenas” o fotógrafo que registrou o “ultraidoso” animal.
Finalmente, perguntei ao rapaz se eu poderia “usar” a foto: “sim, você pode usar a foto, mas com duas condições”. A primeira era dar os devidos créditos (Julius Nielsen / @juniel85); a segunda, ler o artigo do The New York Times e atentar ao termo “ESTIMATIVA”, escreveu ele em letras maiúsculas.
De cara, achei o rapaz um pouco rude, mas devia ser o “jeito europeu”. Porém, ao ler o tal artigo no NYT, me dei conta de que estava falando com o autor da pesquisa publicada na Sciense. Ou seja, não era o fotógrafo, era o fodástico-mega-blaster-pica-das-galáxias, que descobriu uma nova técnica de ESTIMAR a idade de tubarões e outros vertebrados.
Fiquei fascinada com a história, não fosse um singelo (#sqn) detalhe: a tubarão fêmea (por que não tem tubaroa?), enfim, o animal já foi pauta neste jornal (em 2016!) E de todos os outros principais veículos do país.
Aliás, ela até já morreu, se você quer saber.
Resumindo, minha “descoberta” era uma grande furada!
Mas, nem por isso a história deixa de ser intrigante, e fica aqui registrado meu muito obrigada ao Julius.
E como disse João Valente no último Bóia, “conteúdo é tudo”. Portanto essa tem sido minha missão: produzir conteúdo de qualidade.
por Janaína
Olá, tudo bem? Sou de Brasília, porém acho que nasci na cidade errada hahaha. Me amarro muito em surf e comecei há pouco tempo meu curso de Jornalismo, pretendo me formar e ir morar em Florianópolis, que é meu grande sonho. Tenho muita vontade de trabalhar com o Jornalismo de Surf, mas não tenho muita ideia de como funciona, quais áreas posso atuar, se como jornalista posso trabalhar no canal OFF ou não kkkk. Enfim, se pudesse me dar um visão geral, eu agradeceria muitooooooo. Desde já, muito obrigado, aguardo sua resposta!