Rodrigo Koxa ganhou prêmio por surfar onda de 24,38 m, tamanho equivalente a um prédio de 8 andares
Por Janaína Pedroso
Ubatuba - As ondas de Nazaré, em Portugal, traziam más lembranças para Rodrigo Koxa, 38. Foi lá que, em 2014, o paulista viu pela primeira vez a morte de perto ao sofrer uma de suas piores quedas em 20 anos surfando ondas gigantes, que podem chegar a quase 25 metros de altura.
Tudo mudou em novembro do ano passado, quase quatro anos depois do acidente, quando o “big rider” (como são chamados os surfistas especializados em ondas gigantes) voltou à praia portuguesa para quebrar o recorde de maior onda já surfada, com a marca de 80 pés (24,38 m) —altura semelhante à de um edifício de oito andares.
“Sempre respeitei muito o oceano e passei por situações que me fizeram respeitar ainda mais. E, de repente, depois de pedir muito a Deus pra voltar a surfar ondas como eu surfava antes do trauma, acabei ganhando esse presente. Foi muito pessoal”, disse.
E o trauma não foi pequeno. Após o acidente em 11 de dezembro de 2014 —data que Koxa não esquece—, o surfista nascido em Jundiaí (interior de São Paulo) e radicado no Guarujá foi diagnosticado com estresse pós-traumático.
“Tomei uma série de ondas na cabeça e fiquei muito perto das pedras. Achava realmente que iria ser jogado contra a costeira”, lembra Koxa.
“O mar gigante, as ondas explodindo… Foi Deus e a corrente que me salvaram, me levando de volta à praia. Tive pesadelos durante meses”, contou o surfista.
O paulista começou a surfar com oito anos. Aos dez, já participava de competições. Chegou a ganhar os primeiros campeonatos aos 12 anos, mas logo percebeu que aquela não era a sua praia.
Após ler reportagem sobre os “big riders” em uma antiga revista de surfe, encontrou seu caminho no esporte.
“Não estava indo bem nos campeonatos e, aos 15 anos, decidi fazer minha primeira viagem em busca de ondas grandes”, afirmou.
Em 1995, o surfista embarcou com destino ao México, mais precisamente Puerto Escondido, considerada por muitos, uma das ondas mais desafiadoras do planeta.
Viajar o mundo com os amigos, surfar ondas enormes e perfeitas e registrar as façanhas em fotos e vídeos. Era isso que Rodrigo Koxa queria.
Por dez anos, aos ondas de Puerto fizeram parte da sua vida, até ele decidir explorar os mares ao redor do mundo, passando por Teahupoo, no Tahiti; Jaws, no Havaí; e, finalmente, Nazaré, em Portugal, onde entrou para a história do surfe em ondas grandes.
Por ter pego a maior onda da temporada, Koxa foi o ganhador do XXL Biggest Wave Award, premiação dada pela WSL (Liga Mundial de Surfe). Além do troféu, ele receberá prêmio de US$ 25 mil (R$ 89 mil), mas afirma que não ficará com todo o dinheiro.
“Desde o começo, quando eu entrei na busca pelo prêmio falei para o Sergio Cosme, o Português, meu parceiro que me colocou na onda, que seria metade pra mim e metade pra ele. Considero a onda como nossa, foi ele quem me colocou nela, então a primeira coisa é destinar metade do meu prêmio a ele”, disse.
Seu próximo projeto é lançar um livro contando sua trajetória pessoal. Do interior de São Paulo à maior onda já surfada por um ser humano.
Além disso, tem como meta defender o título de maior onda da temporada neste ano. “É muito cedo pra falar, mas pretendo manter o recorde por um bom tempo”, afirmou.
Após receber o troféu no fim do mês passado, Rodrigo Koxa foi recebido com festa no Guarujá e saudou seus fãs em um desfile em carro aberto pelas ruas da cidade.
“Quero agradecer todo mundo, toda a galera que torceu por mim. Foi uma sinergia incrível. Me sinto extremamente honrado por ter sido acolhido pelo meu país”, finalizou o surfista.
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