Não bastasse uma pandemia, agora uma Guerra. Sinto que o limite do aceitável para manter a saúde mental, uma linha tênue a propósito, vêm sendo esgarçado dia após dia. Há quem diga que o ritmo da Terra está acelerado e que, portanto, estaríamos vivendo algo parecido com a tal “fora de órbita”. Quem sou eu para duvidar? Tá tudo muito louco mesmo.
Mas o fato é que acordar e ler as notícias não fazem mais minha cabeça. Apesar de ainda ouvir um podcast ou outro, opto pela alienação momentânea. Incomoda ver a mídia lucrar com a destruição de maneira tão voraz. Não digo que a guerra não deva ser noticiada, muito pelo contrário, mas é que, como já disse, luto para me manter saudável. Ademais, percebo um certo exagero na cobertura da tragédia. Sou só eu? A rádio Jovem Pan chegou a publicar imagens de vídeo game dizendo ser os bombardeios russos.
Se os senhores da guerra nao gostam do povo, tampouco devem se ater às belezas da vida. Se a guerra desumaniza os homens, jamais será dela a glorificação por qualquer manifestação que seja da imponente e bela natureza. Homens da guerra estão preocupados com capital, status e territórios.
Ontem, entretanto, me atualizar sobre o mundo do surfe e não da Guerra me levou a Nazaré. Essa sim verdadeiramente poderosa. Nazaré, parece que chega assim, tão rainha, tão dona de si, tão poderosa para informar aos homens doentes, que não interessa quantas guerras existam, ela estará lá, sempre lá.
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