Alerta de perigo no mar é identificado por especialistas e populares que registram mancha marrom no mar do litoral norte e sul do estado de São Paulo
Em um primeiro momento parecia ser uma grande mancha de óleo. Mais tarde, descobriu-se ser a “maré vermelha” (que no caso é marrom, mas pode ser vermelha ou preta), fenômeno descrito por especialistas como sendo uma proliferação de fitoplânctons.
A infestação ocorre quando as condições ambientais são favoráveis, e então, neste caso a concentração dos “dinoflagelados” pode ser vista pelo homem. Tem-se então, a “maré vermelha”. Não se sabe ao certo o quão tóxico isso pode ser. De acordo com especialistas, a quantidade de biotoxinas no fitoplâncton varia conforme o período do ano e alcança nível tóxico apenas em casos de proliferação intensa.
Segundo Anderson (1998), ”vêm-se observando aumentos constantes do número de espécies fito planctônicas produtoras de toxinas, do número de toxinas produzidas por algumas destas espécies, da ocorrência mundial de florações de algas tóxicas e dos impactos desses aumentos nos ecossistemas e na pesca, justamente quando a dependência humana sobre os sistemas costeiros – para alimentação, recreação e comércio – encontra-se em expansão”.
De acordo com o comunicado divulgado ontem (6), pela Cetesb a “maré vermelha” é uma ocorrência proveniente de um fenômeno natural. Em nota o órgão aconselha a população não entrar em contato com as manchas, mesmo que a praia esteja classificada como própria. Ainda de acordo com o texto publicado no site da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de SP, o contato com o fenômeno pode causar irritações à pele.
Já na literatura especializada, os primeiros sintomas de uma intoxicação por uma biotoxina marinha, principalmente através da ingestão dos chamados filtradores (marisco, ostra, camarão, por exemplo) podem aparecer ao redor de 30 minutos após a ingestão da toxina, mas também podem surgir horas depois. Origina um quadro fundamentalmente nervoso, neurotóxico, mais ou menos grave.
Especialistas alertam. “O perigo pode ser ainda maior já que a mancha já atingiu uma área de cultivo de mariscos, por exemplo, que são filtradores e quando ingeridos podem transmitir as toxinas aos humanos. ” Afirma ambientalista, que preferiu não se identificar. Ele acredita que a Cetesb ainda irá divulgar o laudo que identifica, exatamente, quais são as espécies encontradas e quão toxicas elas podem ser para humanos e ecossistema em geral.
Veja abaixo possíveis níveis de intoxicação:
Benigna: O mais frequente é que os primeiros sintomas sejam formigamento e/ou dormência (inchaço, coceiras ou ardor) na boca, lábios, ao redor da língua e do rosto. Estes sintomas estão presentes na totalidade dos casos. Parestesias nos extremos dos dedos e orelhas, cefaleia e tonturas, náuseas e vômitos também podem ocorrer (Mons et al., 1998). Sintomas gastrointestinais são raros.
Moderada: Ao aumentar a intoxicação, o formigamento e/ou dormência progride nos braços e pernas, e o paciente apresenta debilidade muscular, com rigidez na musculatura e certa incoerência na fala. São comuns as manifestações do cerebelo, do tipo ataxia, falta de coordenação motora. (Gessner et al., 1997).
Severa: Nas formas mais graves de intoxicação ocorrem paralisias musculares intensas e difusas, com dificuldade respiratória importante, sensação de falta de ar e risco de morte iminente, acompanhadas desde o começo de acidez láctica (Aune, 2001). São raras as vezes em que a consciência é comprometida; quando acontece, a morte é causada por insuficiência respiratória. Nestes casos, a evolução é muito rápida, ocorrendo morte entre 2 e 24 horas (em média 8 horas) após a ingestão (Mons et al., 1998). O prognóstico é favorável quando o paciente sobrevive às primeiras 24 horas (Aune, 2001).
Sobre o tratamento em caso de intoxicação especialistas afirmam que quanto mais cedo tratar, melhor. “Assim, deve-se iniciar o tratamento nas primeiras horas após a ingestão. A toxina não será totalmente absorvida através da mucosa gástrica, provocando-se o vômito ou realizando-se lavagem estomacal, assim como administrando-se diuréticos e bebidas alcalinas ricas em íons de sódio e potássio, já que a principal via de eliminação é a renal. No caso de deficiência respiratória, deve-se recorrer à respiração assistida e, nos casos extremos, à traqueostomia (CDC, 2003) ”.
E aí, será que vale surfar esse feriado e se arriscar a dar de cara como uma infestação de algas tóxicas? O jeito é curtir a praia e evitar pratos com frutos do mar, pelo menos até que o caso seja esclarecido.
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