Onda de ódio, tsunami de ofensas, tempestade de rancor. Vem aí o swell mais esperado do ano: haters de sul com influência de sudeste

Antes do blog, criado em maio de 2016, nunca havia passado nem perto da atenção do recente grupo cibernético focado em disseminar ofensas conhecido como “haters”.

De lá pra cá, vez ou outra me sinto uma espécie de vidraça e pior do que ser ofendida gratuitamente é não ser compreendida…ó céus, ó vida!

A primeira vez

Jean da Silva se suicidara; eu como fã, não vi outra possibilidade senão escrever sobre ele. Afinal, é isso que eu faço certo, escrever? Ahan… tchanrann: swell pesado de ódio.

Minha opinião incomodou demasiado e como era de se esperar eles vieram. Haters me julgavam oportunista, estúpida, burra, “feminazi” e puta. Foi uma lambança de rancor.

Pela primeira vez pensei em apertar o delete e sumir com o blog do mapa, ligando o famoso e delicioso foda-se. Amigos e família não deixaram, e hoje, graças a eles estamos aqui.

A segunda vez

Quando soube do ataque à salva-vidas Laís Martins, a primeira ação foi fazer um desabafo nos stories, companheiro fiel ultimamente e uma espécie de substância química, tamanho poder viciante.

Já vacinada,  dessa vez dei pouca importância aos haters e olha só: recebi as críticas com certa maciez e suavidade, como quem dropa uma onda perfeita e surfa tranquilamente do começo ao fim. Vivendo e aprendendo.

O ódio invadiu meu coração

E depois de tantos odiosos acabei contaminada. Como uma vaca das grossas, cheguei a odiar um site “concorrente” que ilustrou a saga da Laís com uma foto bem parecida a minha, um dia depois da nossa matéria ter sido destaque na home da Folha e do UOL.

Por um segundo o rancor invadiu meu coração, me senti roubada. “Como assim: fomos os mais lidos do UOL”, a história já deu, não?

Nada disso, diz uma amiga. “Pensa grande e veja o lado positivo das coisas: estamos pautando outros colegas de profissão, e isso é ótimo.”

Seguimos então com menos ódio, mais amor e menos apego e claro: boas ondas!

por Janaína

Rancor a gente cura com amor, banho de mar e água salgada. Pronta pra próxima. Foto Janaína Pedroso.