Surfista e competidora Luzimara Souza, 23 anos, do Ceará, treinava na praia Leste Oeste quando um raio atingiu o local na manhã dessa quarta (27).
Em depoimento dado à imprensa após o acidente, a mãe da atleta contou que a filha surfava com mais cinco pessoas quando o raio caiu na área em que os surfistas estavam.
De acordo com o jornal Diário do Nordeste, Luzimara foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos; já outro surfista, que também foi atingido, segue hospitalizado.
Luzimara venceu a segunda etapa do Circuito Cearense de surfe, o “Cumbuco Surf Sound” e recentemente terminou em segundo lugar em outra importante competição, dessa vez em Paracuru.
A atleta fez uma Vakinha, que ainda está no ar e vídeo no YouTube titulado: “O sonho continua”.
Em seu último post, Luzimara comemorou o segundo lugar na categoria Open Feminina e parabenizou a Federação Cearense de Surf.
Raios no Brasil matam mais de cem por ano
Segundo levantamento mais recente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado em 2017, os raios matam em média 120 pessoas por ano no Brasil.
Acidentes com raios em praias representam apenas 4% das ocorrências, sendo no campo o local de maior incidência (25%).
Em 17 anos (2000 a 2017) mais de duas mil pessoas perderam a vida após serem atingidas por descargas elétricas decorrentes de raios.
Acredita-se que mais de 75 milhões de raios caem no Brasil todos os anos.
Fonte: Elat – Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe.
por Janaína
Córneas da campeã serão doadas
Em entrevista ao Sistema Verdes Mares, Leonardo Souza, irmão da atleta, disse que essa é uma decisão partilhada por toda a família. “Dessa forma, ela ajuda outras pessoas que precisam e diminui nossa dor”
O transplante de córnea é líder absoluto na lista de transplantes realizados
no país, de acordo com dados da Associação Brasileira de Doação de Órgãos. Em
2018, a entidade estima ter havido mais de 14 mil e oitocentos transplantes de
córnea no Brasil.
Porém, dados do Registro Brasileiro de Transplantes mostram que cerca de 4
mil pacientes que aguardavam por uma nova córnea não foram atendidos.
Apesar de o Brasil ser o segundo país do mundo que mais realiza transplantes
de órgãos, perdendo apenas para os Estados Unidos, ainda há fatores dificultosos
como a recusa familiar à doação, baixo investimento em programas específicos da
Saúde.
Além do baixo índice de notificação em caso de mortes cerebrais, em que
na maioria dos casos é possível realizar a doação de múltiplos órgãos.
Créditos de imagem: Reprodução Instagram.
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