Você conhece açaí, certo? Se você é surfista, e até se não é, deve saber que o creme gelado, roxo e açucarado faz a cabeça da turma do mar. 

Não sei bem quando começou essa febre do açaí entre os surfistas, mas é certo que o sabor vindo da Amazônia, e consumido no Norte do país de maneira totalmente distinta, pegou a surfistada de jeito. 

por Janaína Pedroso

Eu tenho uma relação de afeto com o açaí, que marca uma fase muito feliz da minha trajetória como surfista. Em uma época, que depois do surfe, com os joelhos ainda ralados, de joelhinhos mal dados, braços cansados de uma remadora ainda novata, saboreava minha tigela de açaí, com a certeza de ser uma legítima surfista!

A verdade é que sou apaixonada por açaí, uma consumidora voraz. Porém, minha paixão foi ameaçada quando soube algumas verdades inconvenientes. Muito açúcar, xarope de guaraná em excesso, processos de extração duvidosos, longas jornadas do produtor até a minha singela tigela.

Desde então, passei a ser bem crítica com relação ao consumo do meu açaí, e a optar, quando possível, por versões menos doces e de frutos orgânicos. 

Meu mundo mudou quando conheci Juçaí

Antes de falar sobre a versão sustentável e ‘deliciosamente correta’ do açaí, devo confessar que durante minha infância, fui uma devoradora de palmitos. Era palmito em tudo: pizza, salada, puro. Não importava onde, nem com o que, era capaz de comer uma lata de palmito em questão de minutos. 

Detalhe do fruto da palmeira-juçara. Foto Eliza Carneiro.

Hoje sei o que representa o consumo do palmito. No caso da palmeira Euterpe edulis, a ameaça de extinção de uma espécie nativa, importantíssima para a biodiversidade de um ecossistema e bioma que já foram estupidamente degradados. A Mata Atlântica foi praticamente extinta, e espécies como a Juçara, exterminadas, em função do uso extrativista do palmito.

Recentemente, há uns quatro anos, descobri uma maneira poderosíssima para reverter o quadro de extinção da Juçara (e meu possível karma ruim). Comer o seu fruto; o açaí da Juçara, ou juçaí.

Consumir juçaí é um ato político. É decidir pela permanência de árvores, é ser sustentável, é consumir consciente, é ir contra o desmatamento predatório. E a parte boa só começou!

Quanto vale uma Juçara de pé?

Para cada 8,5 litros de Juçaí, uma palmeira é preservada, ou seja, quanto mais juçaí você consome, mais juçaras permanecem em pé na Mata. 

Valorizar o fruto da palmeira juçara, o juçaí, é um ato sustentável. Não apenas ambiental, mas social e econômico. 

Da extração até o produto final, em todas as etapas há a preocupação em realizar os processos de forma leve e com um olhar sensível ao ambiente e ao outro. 

Vantagens do Juçaí

Se eu estava feliz por conhecer o fruto da palmeira-Juçara, quando descobri Juçaí, aí sim provei o sabor da alegria! 

De tal sorte que o Juçaí não é ‘só’ saboroso, é realmente cheio de vantagens:

  • vegano;
  • orgânico;
  • sem lactose;
  • 2x mais antioxidantes que o açaí da palmeira Euterpe oleracea;
  • sem glúten;
  • de Juçara 100% silvestre;
  • deliciosas combinações: banana, Cambuci (outro fruto que amo, poderosíssimo), puro, com maracujá!

Por fim, consumir juçaí é gostoso, sustentável e saudável! Então, se joga!

O consumo de Juçaí pode salvar a palmeira mais emblemática da Mata Atlântica. Foto Eliza Carneiro.

Para saber mais sobre o Juçaí assista:

Esse conteúdo foi produzido em parceria com Juçaí.