Na estreia do surfe nas Olimpíadas, Italo Ferreira faz história e Gabriel Medina é tirado da final por um erro gritante dos juízes. No feminino, Carissa Moore fica com o primeiro lugar. O ouro de Italo tem um pouco de cada um de nós que amamos e brigamos pelo surfe há décadas.
por Diogo Mourão
Meu último texto aqui na Origem Surf foi meio pra baixo, admito. Escrevi antes da abertura das Olimpíadas e estava difícil pensar em celebração num momento tão difícil. Os tempos estão duros, mas também precisamos deixar sentimentos bons fluírem. Os Jogos começaram e o espírito olímpico foi tomando conta. Uma vitória no vôlei aqui, a medalha da fadinha Rayssa ali, as histórias dos atletas que dedicaram uma vida para este momento. Para mim, que trabalho no esporte há mais de trinta anos, é impossível não se envolver e se emocionar.
Para nós, a turma da água salgada no sangue, nada vai ser maior do que ocorreu na noite/madrugada de segunda para terça-feira. Ao ouvir o narrador falar que conheceríamos o primeiro campeão olímpico da história do surfe, já me emocionei. Com a vitória do Ítalo Ferreira, o primeiro ouro do Brasil em Tóquio, o primeiro ouro da história do surfe mundial, chorei junto com meus filhos e com um monte de amigos e conhecidos ligados ao surfe.
Primeira onda surfada numa Olimpíadas, primeiro aéreo olímpico, primeira prancha quebrada, primeiro campeão olímpico: Italo Ferreira
Faltaram ondas e um cenário mais atrativo nessa histórica estreia do surfe nas Olimpíadas, mas sobraram competitividade e emoção. Ondas e cenários que realmente lembram o que qualquer pessoa imagina sobre o surfe ficaram para Paris-2024, quando a disputa será no Taiti. Apesar de longe das melhores condições, o surfe passou no teste olímpico. Nas Olimpíadas, espera-se boas disputas, competitividade e emoção. E tivemos de sobra, além de zebras e surpresas tradicionais do maior evento poliesportivo do mundo.
Julgamento para lá de polêmico
Os dois maiores favoritos, na minha opinião, confirmaram o favoritismo. Nas condições de Tsurigasaki, sempre achei que Ítalo tinha mais chances que Medina. Evidentemente que uma vitória do líder do ranking mundial seria absolutamente natural. Com John John Florence e Kolohe Andino voltando de lesões, meu maior medo eram os japoneses. Kanoa Igarashi, por ser um competidor sempre perigoso, e Hiroto Ohhara, local e conhecedor das ondas.
Os dois cruzaram o caminho dos brasileiros. Ítalo não deu chances para Ohhara nas quartas-de-final, dominando a bateria desde o começo. Já Medina fez parte de uma das maiores polêmicas olímpicas até aqui. Começou a toda e jogou o sarrafo lá em cima com 8.33 e 8.43 em dois aéreos de backside e no final veio o 9.33 de Kanoa, aquele 9.33 já tão debatido que até tive que falar sobre critérios de julgamento no Redação Sportv.
Como quase todos, achei um escândalo a vitória do japonês. Nunca, jamais, aquela onda poderia valer quase um ponto a mais do que a melhor nota do Medina, isso para o caso de admitirmos que foi uma onda melhor (o que discordo). Tiraram uma medalha do surfe brasileiro. Na disputa do bronze, o equilíbrio foi maior e, mesmo achando que um abatido Medina merecia ter ganhado, a vitória do australiano Owen Wright não chegou a ser tão polêmica quanto a do Kanoa.
“O surfe é subjetivo, e o Kanoa fez uma manobra que não fez em quase toda a vida dele. O cara acertou na bateria, ele deu sorte. Quando eu estava voltando, o Owen [Wright, surfista da Austrália] falou: ‘Se fosse vocês, não viravam, mas foi o Kanoa’. O cara foi realmente para o tudo ou nada e virou a bateria”, disse o brasileiro.
Italo Ferreira, em declaração publicada na Folha
Zebra passeia no feminino
A zebra passeou no feminino. Apesar da vitória da favorita havaiana Carissa Moore, do time dos Estados Unidos, outras cotadas para o título ficaram pelo caminho. Silvana Lima foi até onde conseguiu e parou em Carissa nas quartas-de-final. Já Tatiana Weston-Webb sofreu com um mar horroroso e perdeu para a japonesa Amuro Tsuzuki também nas quartas-de-final. Na decisão, Carissa superou sem dificuldades a sul-africana Bianca Buitendag, com Tsuzuki completando o pódio.
Medalha tem um pedaço de várias gerações
Essa medalha do Italo é histórica e tem história. Tem a impressão digital de muita gente que ajudou a transformar o surfe em esporte por aqui, e o Brasil numa potência mundial.
É impossível não olhar para trás e ver os tijolos que foram construídos, geração a geração. Dos tempos românticos das madeirites do Arpoador, com o pessoal da pesca submarina, que aproveitava para surfar quando o mar não permitia a pesca, à Brazilian Storm, muita onda rolou por aqui.
Com a certeza de que faltaram nomes e já pedindo desculpas, temos de falar de Arduíno Colassanti, Ricardo Charuto, Persegue, Gilberto Lacombe…, que deixavam os arpões de lado para descobrir um novo esporte no Arpoador. De Maraca, Rico de Souza, Otávio Pacheco, Ricardo Bocão, Taiu, Thiola, Renan Pitanguy, desbravadores das ondas pelo mundo na época das primeiras competições brasileiras. Picuruta Salazar, Valdir Vargas, Roberto Valério, Fred D’orey, dos duros anos 1980, e Fábio Gouveia, Teco Padaratz, Victor Ribas, Piu Pereira, os chamados brazucas da geração que começou a inscrever o nome do Brasil no Circuito Mundial.
Muito Obrigado!!!
Diogo, creio que neste post você poderia exaltar mais a vitória do Ítalo que, na minha humilde opinião, é bem menos badalado pela imprensa e celebridades do que o Medina. Gostaria também que tivesse abordado o mau espírito olímpico desse Medina em não cumprimentar o Ítalo pelo ouro. Ah, mas vão dizer: “o cara estava uma pilha e tal…” Nada a ver. Cumprimentar por redes sociais não é nada legal. E esse não é um fato isolado desse cara, como mostrou reportagem desse jornal.
De mais, quero agradecê-lo pelo post anterior a este pelas memórias de outrora no surfe. Este tabém relembra algo (e bem) mas deveria ter ido mais a fundo na participação das finais.
É isso, e um abraço!
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