O intercâmbio, uma prática milenar tanto de mercadorias quanto cultural, é fundamental em diversas áreas, incluindo o surf. Neste esporte, a troca de experiências por meio do intercâmbio tem se mostrado uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho dos atletas.

Everton Silva, experiente coach de surf e fundador da Effect Surf, em Ubatuba, revela como o “intercâmbio no surf” impulsiona o crescimento dos surfistas. “A bagagem que eles (os surfistas) adquirem com a troca de experiências, tanto fora quanto dentro da água, é inúmera, pois cada atleta tem sua particularidade e abordagem diferenciada. A leitura de onda que cada um faz, o posicionamento na prancha, a movimentação – enfim, são inúmeros os fatores que contribuem para ampliar o conhecimento técnico quando se realiza um intercâmbio”.

Kauai Marinho, local de Saquarema. Foto Marcelo Geacomo / @nabuscadelas

Segundo Everton, as viagens proporcionam benefícios que vão além do esperado. A exposição a novos ambientes e desafios, como surfar em ondas desconhecidas, não só aprimora a técnica como também as táticas de competição. “Surfar novos picos é fundamental. Claro que em Ubatuba ficamos mal acostumados devido à enorme quantidade de beach breaks e vários tipos de ondas (cavadas, gordas, longas, curtas), mas o surfista tem que estar preparado para surfar todos os tipos de ondas, e cada praia tem sua peculiaridade, Saquarema não é exceção.

Everton enfatiza a importância de surfar em locais como Saquarema, famoso por sediar campeonatos mundiais. Ele ressalta a necessidade de os surfistas se adaptarem a diferentes tipos de ondas e condições climáticas, destacando a singularidade de Itaúna, com suas variações de corrente e ventos. “A familiaridade com ondas como as de Itaúna é crucial para o avanço na carreira dos surfistas.”

O intercâmbio no surf não é apenas uma viagem, mas uma jornada de aprendizado e adaptação. É um convite ao desafio; enfrentar ondas desconhecidas e competir em território alheio não apenas eleva a habilidade técnica, mas também o espírito competitivo e a resiliência dos atletas.

Essas experiências moldam surfistas completos, preparados para enfrentar não só as ondas, mas qualquer desafio que a vida lhes apresente.

Miguel Ferraz, de Ubatuba, após surf em Saquarema com a equipe Effect. Foto Foto Marcelo Geacomo / @nabuscadelas