Kelly Slater comenta sua jornada como surfista após bateria em Margaret River. Em entrevista, o surfista confessa que não está totalmente dedicado às competições como seus adversários, e que tudo na vida tem seu fim.

“Travei uma luta com essa onda (Margaret River) durante toda a minha carreira, então, não é necessariamente nessa onda que gostaria de terminar. Fui escalado como wild card em Fiji, então vamos ver o que acontece”, diz Kelly Slater.

No melhor estilo Kelly Slater, ele já deixa margem para elucubrações acerca de onde seria esse grande final. Margaret? Talvez. Fiji? Muito provável.

Kelly ainda comentou a relação conturbada com os fãs brasileiros. “(…) me mostraram muito amor, suporte e muita raiva”. Também comentou sobre a reação que causa na audiência brasileira. “Eles ficam loucos comigo quando sou crítico a algo”.

Ainda aproveitou para declarar seu carinho aos fãs. “Mas, sabe, eu amo todos os meus fãs brasileiros”.

Por fim, Slater lembrou que restam três meses até o nascimento de seu segundo filho, o primeiro com a atual companheira.

kelly slater
Kelly Slater antes de uma bateria em Margaret River, Austrália. Foto WSL / Beatriz Ryde

Nascido em 1972 em Cocoa Beach, Florida, Kelly Slater começou a surfar aos 5 anos e rapidamente mostrou um talento excepcional para o esporte. A relação conturbada com o pai alcoólatra foi bastante abordada na primeira fase da carreira do atleta, que nunca escondeu que o surf foi uma válvula de escape para as dores emocionais e conflitos domésticos.

Kelly se profissionalizou aos 18 anos e não demorou muito para dominar o circuito mundial de surf. Ao longo da carreira, Slater conquistou um recorde de 11 títulos mundiais da WSL, o primeiro em 1992 e o mais recente em 2011.