O que seria de Pipeline sem as mulheres?
Estava ansiosa para o início do Pipe Pro, depois de uma espera longa (pelo menos para o meu nível de ansiedade, já que nem foi tanto assim). Mas já disse antes: para quem curte acompanhar o circuito, parece que o ano só começa quando o CT dá a largada. E depois de um janeiro que parecia interminável, minha expectativa para esse início de temporada estava nas alturas.
Apesar de não concordar com o calendário do CT começando em Pipeline, admito que é eletrizante ter esse palco logo na estreia. No entanto, desde que Pipeline deixou de ser a grande final do Tour e passou a abrir a temporada, o mar não tem colaborado muito.
Ainda assim, mesmo sem uma Pipeline clássica, ontem tivemos boas ondas e notas altas – destaque para a australiana Isabella Nichols, que cravou a melhor apresentação do evento até agora, com um 8.67.
Hoje, acordei animada para rever esse momento. E lá estava ele no material que a WSL envia ao seu mailing. Assisti e reassisti ao tubo lindo e limpo da Isabella, e imediatamente me peguei pensando em como seria se as mulheres ainda estivessem à margem de Pipeline.
Olhando pelo lado positivo, senti uma alegria imensa ao ver essa evolução meteórica das mulheres no surf, resultado do acesso e das oportunidades que finalmente começaram a ser dadas.
É incrível perceber como essa nova geração chega com uma mentalidade diferente – determinada a performar tão bem ou até melhor do que os homens, sem espaço para dúvidas ou inseguranças. Elas sabem que pertencem a esse lugar. E, honestamente, não há motivo algum para pensarmos o contrário.
0 comentários