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O que seria de Pipeline sem as mulheres?

por | fev 6, 2025 | Opinião | 0 Comentários

O que seria de Pipeline sem as mulheres?

Estava ansiosa para o início do Pipe Pro, depois de uma espera longa (pelo menos para o meu nível de ansiedade, já que nem foi tanto assim). Mas já disse antes: para quem curte acompanhar o circuito, parece que o ano só começa quando o CT dá a largada. E depois de um janeiro que parecia interminável, minha expectativa para esse início de temporada estava nas alturas.

pipeline sem mulheres
Isabella mostra que não há graça ver Pipeline sem as mulheres. Foto Tony Heff/World Surf League.

Apesar de não concordar com o calendário do CT começando em Pipeline, admito que é eletrizante ter esse palco logo na estreia. No entanto, desde que Pipeline deixou de ser a grande final do Tour e passou a abrir a temporada, o mar não tem colaborado muito.

Ainda assim, mesmo sem uma Pipeline clássica, ontem tivemos boas ondas e notas altas – destaque para a australiana Isabella Nichols, que cravou a melhor apresentação do evento até agora, com um 8.67.

Hoje, acordei animada para rever esse momento. E lá estava ele no material que a WSL envia ao seu mailing. Assisti e reassisti ao tubo lindo e limpo da Isabella, e imediatamente me peguei pensando em como seria se as mulheres ainda estivessem à margem de Pipeline.

Olhando pelo lado positivo, senti uma alegria imensa ao ver essa evolução meteórica das mulheres no surf, resultado do acesso e das oportunidades que finalmente começaram a ser dadas.

É incrível perceber como essa nova geração chega com uma mentalidade diferente – determinada a performar tão bem ou até melhor do que os homens, sem espaço para dúvidas ou inseguranças. Elas sabem que pertencem a esse lugar. E, honestamente, não há motivo algum para pensarmos o contrário.

Sobre o autor

Origem Surf

Janaína Pedroso surfa há 21 anos. É formada em Comunicação Social/Jornalismo, com especialização em Roteiro para TV, Teatro e Cinema. Já atuou como apresentadora com passagens pela Globo, Band e CNT e como repórter para Editora Trip. Atualmente divide seu tempo entre a maternidade, o surfe, a produção de textos e à frente da empresa de comunicação Origem Press.

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