Há alguns meses realizamos um sorteio no Instagram. Entre os prêmios, a oportunidade de contar uma história.

Pois bem, Luan Blascovich, 19 anos, foi o sortudo que levou camiseta, boné, adesivo da Old School Spirit, (nosso parceiro nessa empreitada) e a vez de ilustrar essas páginas virtuais.

Valia ensaio fotográfico, prosa, poesia, conto, artigo, entrevista. O lance era deixar a inspiração rolar com uma só regra condicionante: o surfe; nosso grande protagonista por aqui.

 ‘Surf or Die’ – surfe ou morra?

Origem – Você tem em seu perfil no Insta uma frase bem emblemática, “Surf or Die”; afinal, o que o surfe representa pra você?

Luan – Surfe é minha vida, de verdade sem ele não consigo imaginar meu futuro, que não faço ideia de qual será, mas com certeza estarei surfando.

Origem – Se pudesse resumir em algumas palavras o esporte, como seria?

Luan – Paz, calma, felicidade, pensamentos positivos, lugar e momento em que eu esqueço os problemas e saio “descarregado”, novo e cheio de energia positiva.

O começo

Por Luan Bascovich

Comecei a surfar tinha quatro ou cinco anos em Itamambuca lugar em que nasci e me criei. Aos oito anos, comecei a fazer Escolinha de Surfe na escola em que estudava, a Prof. Honor Figueira, graças a uma assinatura falsificada. Na época minha mãe não queria me autorizar a surfar durante as aulas de educação física.

Lembro, como se fosse ontem, do dia em que o professor perguntou à classe quem já sabia nadar bem e ir para o fundo sozinho (outside). Eu queria tanto atravessar a zona de arrebentação que levantei o braço: “eu”, falei.

Na verdade eu mal sabia nadar e nunca havia estado no fundo. Não me lembro de como aquele dia terminou, mas deixou marcada a lembrança de que a vontade, às vezes, faz a gente superar o medo e nossas próprias limitações.

A primeira surftrip internacional a gente nunca esquece?

Por Luan Blascovich

Definitivamente não! A minha viagem ao Peru vai ser inesquecível por vários motivos. Primeiro porque eu estava entre grandes amigos, segundo foi minha primeira viagem internacional. Eu nem me lembrava de como era estar dentro de um avião.

Fiquei bem ansioso no começo e quando chegamos em Lima eu só pensava em surfe!

Foi muito bom conhecer coisas novas, a comida é sensacional e comi muito ceviche. Provei de tudo. Com batata doce, pimenta, sem pimenta, ostra, rúcula, frutos do mar. Como era bom aquilo.

Viagem entre amigos é bom demais e para coroar a surftrip ganhei um apelido novo: Lírio, risos, porque aparentemente sou o mais “doidinho” da galera.

Eu estava muito empolgado e confesso que fiquei bem fominha. Por isso, outra frase marcou essa viagem: “calma-te, calma-te cabron!” (risos), Foi muito divertido.

“Foram os melhores dias da minha vida”.

Crédito das Imagens: Arquivo pessoal / Effect Surf Coaching / Jhonny Be Good Surf