Italo Ferreira sagrou-se campeão do mundial de surfe na Austrália. A volta do Circuito escancarou novamente dois fatos inegáveis: primeiro, os brasileiros são os melhores do mundo, segundo as brasileiras não existem no mundial.
por Janaína Pedroso
A etapa em Newcastle contou com diversos momentos marcantes, entre eles a performance de Carissa Moore, que completou um aéreo reverso durante bateria das quartas de final.
Se por um lado, o evento feminino foi empolgante e encheu de orgulho quem torce pelas mulheres, por outro, foi uma verdadeira vergonha mundial a constatação, mais uma vez, de que não há representantes brasileiras no circuito. Com exceção, é claro, de Tatiana Weston-Webb, que há cinco anos mal falava português, com todo respeito à dupla cidadã.
E essa realidade não deve mudar tão cedo, uma vez que não há incentivo para as mulheres dentro do próprio país. Afinal, não há no Brasil a cultura de valorização da mulher no esporte, muito pelo contrário, muito menos circuitos decentes a elas. Inclusive, em todas as modalidades, sem exceção, as mulheres precisam matar um leão por dia. Reflexo de uma sociedade extremamente machista e misógina, no país onde feminicídio ainda é naturalizado.
E enquanto a Liga Mundial se esforça para mostrar ao mundo que acredita na equidade, afinal equiparou valores de premiações, a sociedade debate se acha justo ou não as mulheres ganharem o mesmo, ou se a atitude da Liga é genuína ou palanque.
Brasileiros dominam Newcastle
Ryan Callinan e o convidado Morgan Cibilic, ambos da Austrália, foram os poucos não-brasileiros a despertar qualquer interesse pela audiência na reta final do evento. Aliás, Cibilic foi responsável por desclassificar o havaiano John John Florence, que até então fazia uma excelente campanha em Newcastle.
Inegavelmente, a bandeira brasileira dominou a etapa, além dos campeões mundiais Italo, Gabriel e Adriano, e o ‘quase lá campeão’ Filipe Toledo, desta vez Yago Dora, e especialmente Deivid Silva engrossaram ainda mais a soberania brasileira. Para desespero dos estrangeiros.
Airs are the new black
Aéreos são o hit do momento, e não é de hoje. O surfe progressivo ganha espaço há décadas, e quem não se adequou a ele ficou para trás.
Aliás, para a tristeza da jornalista que vos escreve, já que sou grande admiradora do surfe clássico, ‘big turns‘, surfe de borda e afins. Mas, embora o surfe ‘oldschool‘ me encha os olhos, não há como negar que os aéreos deram nova roupagem à modalidade e foram uma excelente forma de fazer com que o surfe ganhasse ainda mais atenção do público e mídia em geral.
Top 3 aéreos
- 3. Carissa Moore – bem que poderia ter ficado com a primeira colocação, visto a atitude da surfista ao completar um ‘air reverse’, em plena bateria do mundial. Com isso, Moore saiu completamente da zona de conforto e colocou o surfe feminino definitivamente em outro patamar.
- 2. Duplo carpado a lá Italo Ferreira – é dele certamente o segundo aéreo mais impressionante do evento. Brincadeiras à parte, o ‘full rotation’ do brasileiro na final foi de cair o queixo!
- 1.Homem pássaro – Medina é um fenômeno e obviamente não é à toa; o aéreo dado pelo surfista na semifinal contra o novato Morgan Cibilic roborou duas teses: primeiro, não há rookie (novato) que ameace Gabriel; segundo, ‘emancipado’ e contente, Gabriel brilha na Austrália, talvez como nunca antes.
Por fim, a WSL anunciou a volta do CT no México, após 15 anos. A icônica direita de Barra de La Cruz substitui a célebre J-Bay, na África do Sul.
E por enquanto, a etapa no Brasil segue de pé. Programada para ocorrer em agosto, no Rio de Janeiro, o que parece surreal diante do descontrole geral da pandemia no Brasil. Aliás, assim como o cenário do surfe feminino, o pandemônio por aqui tem sido uma vergonha mundial.
Veremos…
Eu troco as posições. O aéreo do Medina foi espetacular, mas outros surfistas, como John John, Ítalo, Julian, Felipe, també o fazem, raramente, mais fazem. Agora, o da Carissa, eu nunca vi outra mulher fazer. Como você bem disse, colocou o surfe feminino em outro patamar. Deveria ganhar um 10 com louvor.
De fato poucas mulheres brasileiras no cenário do circuito mundial WSL, merecedoras de mais espaço, alguns valores como Júlia Santos e tantas outras, aliás não vemos mais patrocinadores da grande mídia dando suporte a atletas desde o saudoso Pepê que ostentava o patrocínio do JB – jornal do Brasil. Qto à relação dessa falta feminina com a conduta do governo Federal na gestão da pandemia no Brasil, carece o artigo de fundamentação científica que estabeleça correlação de um assunto com outro, mais parecido com viés tendencioso.
O Surf feminino ainda jovem, porém de extremo talento. Será uma questão de tempo para elas despontarem no ranking mundial. Parabéns!!!
O mais impressionante foi ver uma praia e cidade lotada sem COVID, máscaras, etc. Nos lembrou que existe vida normal ainda na terra. Nota 10 para Austrália. Aliás, qual o ponto de trazer um campeonato para saquarema agora?
Julia santos de sao Vicente jaja ta chegando… Ja ouvi varias pessoas falando que nunca viu uma mulher surfando igual a ela. Surfe pesado e progressivo, esse reverse da carisse, ela volta varios… Só falta pra ela um patrocínio sólido e um técnico renomado, pra ela está representando o brasil no ct.
Que exagero falando que o surf feminino do Brasil é uma vergonha mundial, e só para deixar claro a Tatiana nasceu no Brasil e sempre falou português, tem casa aqui no Rs, vamos colocar as notícias de forma correta
Amigo, acho que ficou claríssimo a militância da criatura né. Daí não dá pra esperar algo inteligente e verídico vindo dali
Excelente texto!!!!
Folha sendo Folha. Fazem questão de dividir o país em classe e genero.
Grande campeonato, infelizmente como vc mesmo falou o nosso surf feminino não conseguiu uma boa colocação, reflexo direto de uma pessima administração deste no Brasil, concordo qdo vc fala de misoginia, qdo presidente da federação cearense de Bodyboard cheguei a cancelar entrevistas na praia pois o reporter mandou filmar bundas e não a bateria final da cateria estreante feminina, infelizmente lidaremos com lsso, pessoas sem carater, mas ai entra vc janaina, é ai que entra vc com coragem e força para denunciar e melhorar o nosso surf feminino, não desista!!!
A culpa de tudo sempre será do homem branco e rico.
O Brasil tem as duas melhores skatistas mulheres do mundo, mas a culpa de todo o resto é dos homens
Matéria extremamente tendenciosa, até uns anos atrás o surf masculino brasileiro nunca tinha sido campeão de nada, essa geração masculina do surf veio com talento porque incentivo não tem pra ninguém… Não ganharam na raça mesmo depois que é campeão chove patrocínio.
Com todo respeito ao Medina , o Ítalo Ferreira é o surfista do momento, tem tudo pra ser bicampeão e tomar a idolatria que Medina tem no Brasil.
“Triunfo e vexame, as duas faces do Brasil no mundial da Austrália”
Vexame??!!????
…”foi uma verdadeira vergonha mundial a constatação, mais uma vez, de que não há representantes brasileiras no circuito. Com exceção, é claro, de Tatiana Weston-Webb, que há cinco anos mal falava português, com todo respeito à dupla cidadã.”
Vergonha??!!????
Baita espaço e um grande grupo de comunicação pra só reclamar!?! Do conforto do seu home office fica fácil achar palavras para detonar o que já explodiu.????
Quero ver usar o Google para ir além de copiar os nomes dos gringos, mesmo os que tem cidadania dupla, por direito, e apresentar fatos e bons exemplos do primeiro mundo (todos os outros atletas da elite do WSL são de países desenvolvidos) que ajudem a desenvolvermos o surf feminino no nosso Brasil sil sil.????
????Silvana Lima + Maya Gabeira + Andrea Lopes + Tita Tavares + Jacqueline Silva + Chloé Calmon + Brigitte Mayer + Andrea Moller + Nicole Pacelli + Tatiana Weston-Webb. Sem ordem de preferência.
Ahh!! Antes de qq pré conceito, amo e respeito todas as mulheres, principalmente as minhas hehehe: Mãe, irmãs, esposa, filha, amigas, todas as líderes e esportistas Brasileiras…????
Temos que ser ativistas “positivistas” em tudo que fazemos, incRusive escrevemos.????????
Curti as suas reflexões nesta matéria, tanto que me fez pensar e discordar de alguns pontos.
Parabéns e obrigado\0/????????????
Aloha????
Ela deveria largar o computer e ir treinar meninas. Vai?
Esta jornalista estragou a materia, ate aqui ela querendo colocar um minimi. Para de show com este papo de feminista. Ah o Brasil nao incentiva as mulheres, ahh a gente ganha menos, para vai. O fato e quem e bom vai se destacar. Qual esporte tem incentivo e que por isso somos bons? A nossa melhor representante ate pouco tempo atras falava mal ate o portugues, mas se destacou pq é Fera. O que falta e mais dedicacao como os homens, e o reconhecimento que as gringas estao na frente msm.
Vexame?? Cada um chega lá por mérito próprio, Adriano, Deivid eram pobres e chegaram onde chegaram por terem talento. Pare de dividir sexos e se ligue no talento que é oque importa.
Tbm acho man, a falta de potencial feminino não é culpa de ninguém, não tem ninguém impedindo mulher de entrar na praia e surfar, é só fazer como todo homem faz. Patrocinio só aparece depois de habilidade constatada, ninguém vai colocar seu dinheiro em uma pessoa que não demonstra habilidade, independente do sexo
Infelizmente o surf e um esporte racista as grandes marcas só querem loirinhas e loirinhos nas suas propagandas e so reparar não temos atletas negros no circuito ,já vi muitas surfistas negras surfar muito melhor que as loirinha mais infelizmente eles não querem isso ,cambada de filha de puta que só querem ganhar dinheiro com o surf a grande maioria desses empresários nem surfam
Vergonha?
Tem campeonatos para entrar e entram as melhores qualificadas…
Assim como os homens , entram os melhores ranqueados no QS.
Você precisa entender o esporte, a essência e não só as regras e o que você assiste, o surf vai além disso!
Procure alguém ligado ao surf de maneira profissional para revisar seus textos antes de publicar.
Crítica construtiva entenda isso!
Jadson André mandou lembrança, sr racista. E pediu pra dizer que está puto por você ter dito que ele não existe, já que é negro e está na elite do Surf faz mais de tres anos. O problema da militância sempre foi esse, a ignorância com a falta de informação sobre um tema que não dominam
Entemdi seu posicionamento do ponto de vista jornalístico. Por sinal, excelente matéria. Porém, acho que poderia falar também que o surf brasileiro como um todo, sem distinção de gênero, passa por uma crise há um bom tempo – inclusive em suas bases. O surfista masculino no Brasil também tem enfrentado muita dificuldade com relação à apoio. Todo um trabalho foi feito para o surf nacional atingir esse patamar e com as meninas não seria diferente. Pois à época não havia uma massificação do esporte entre elas como existe hoje. E E o que todos esperamos. Que em breve tenhamos mais mulheres dentro do Brazillian Storm.
Vexame é essa matéria … querendo menosprezar nossos atletas. Verdadeira mídia da síndrome de vira lata brasileira.
Falou tudo to com vc
Janaína, escreve com algum conhecimento, mas misturou a polarização de gênero, onde não precisava. A questão não é valorizar o surf masculino ou feminino. O esporte acontece onde há mercado, consequentemente, patrocinadores. O mercado de surfwear feminino no Brasil não existe, consequentemente, os patrocinadores principais também não existem no segmento feminino. Simples assim.
Só parei pra ler , por causa do titulo ! MIMIMI como sempre!
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